EVENTO TRIBO 2017

PATROCINADORES EVENTO TRIBO 2017

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A HISTÓRIA

O grupo TRIBO JERI foi fundado em 01 de março de 2005, pelo instrutor de capoeira Wesley Marques de Carvalho, o Erlim e Danilo Menezes da Silva, o Chico Bento. O instrutor Welim já mantinha na vila de Jericoacoara um trabalho de roda de capoeira na praia, shows folclóricos e passando o recado para moradores e visitantes da importância da preservação ambiental, conscientização ecológica, além de manter um trabalho de capoeira com crianças e adolescentes a um ano e meio, com a ajuda do monitor Chico.

Com essas aulas as crianças desenvolvem a arte da capoeira, tirando-as das ruas evitando o consumo de drogas e ensinando a respeitar o seu próximo. O objetivo inicial do projeto é ensinar a arte da capoeira para crianças e adolescentes, que futuramente poderá ser usada por eles como uma profissão.

Lá os alunos  desenvolvem a prática de fazer instrumentos ( berimbau, caxixi, etc) per cursivo, educação ecológica, a tocar, dançar ,cantar, adquirindo habilidades físicas ,mentais e são instruídos a não faltarem a escola do ensino públicos, com pena de não mais receberem aulas, evitando-se assim a evasão escolar.  Além  disso tudo, a capoeira é muito mais, é história do Brasil, é arte, é cultura, é filosofia de vida.   

 

Como a maior parte das crianças são pobres, as mesmas não tem condição de comprar seu abadá ( calça branca usada pelo capoeiristas, uniforme), sua blusa branca para ser inserida o nome do grupo e os instrumentos que fazem parte da capoeira e não são fabricados aqui como: Atabaque, pandeiro, agogô. Gostariamos de agradecer ajuda dos parceiros.

HISTÓRIA DA CAPOEIRA DE JERICOACOARA  -     (Por Ueslei Marques de Carvalho ( Mestrando Erlim )

Quero ressaltar que antes de contar esta história, talvez já tenham por aqui passado outros capoeiristas. Tenho 30 anos, 23 de capoeira. Viajei pesquisando a capoeira nas praias do nordeste, Fortaleza, Rio Grande do Norte e Bahia. Viajei a Europa, fiz trabalho em Londres na escola internacional de Londres, saindo de lá deixei um grupo de 14 adultos e 18 crianças e adolescentes, deixei o trabalho com o grupo Amazonas. Passei também pela Bélgica, França e Holanda com a capoeira, fiz amizades e retornarei após um ano para dar continuidade ao projeto.

Na época de 1986 já tinha começado a chegada de novas pessoas com novos hábitos e que traziam diferentes tipos de formalidades e modos a uma aldeia de pescadores que viviam 90% da pesca. Tinham criações ( galinhas, porcos, vacas, ovelhas, etc) e plantações ( milho, feijão e as frutas típicas que ali se encontra). Com o negócio chamado de TROCA era o grande meio de comercialização de produtos: Troca-se peixe por farinha, rapadura, tapioca, bolo manuê, grude, cuscuz até arroz, óleo e muitos outros tipos de alimentos na terra do peixe, se pescava muito de currais ( espécie de cerca que o peixe entrava e ficava encurralados, era fartura).

Os primeiros turista em Jeri chegaram com mochilões em cima de burros e jumentos, por cima das dunas de areia, mochileiros aventureiros que desafiavam os limites e curiosidades ao despertar belezas encantadoras e tipos diferentes de sobrevivência. Nas ruas de Jeri porcos e muitos outros bichos se espanavam a liberdade e a tranqüilidade. Crianças de pé no chão, completamente sem roupas, brincando de montar em porcos, ovelhas e brincavam também com carrinhos de lata, barquinhos de talo de coqueiro e outras formas de brinquedos que manualmente criavam numa forma bela e artesanal. As novas pessoas que ali chegavam aprendiam e ensinavam modos e maneira diferentes de costumes do que tinha de mais novo e moderno.

Chegada da capoeira em Jeri

A capoeira tem mais de 300 anos de resistência. Um lugar de difícil acesso, tudo era novo, só tinha rádio a bateria e uma tv preto e branco da Tia Dôza. Eu vivi e estou passando esta história que aqui passamos.

Na época tinha 08 anos, estava brincando na sombra de uma árvore em frente a casa de meus pais foi quando eu vi um rapaz de cabelos louros e enrolados pulando para trás da calçada de Dona Maria da torta. Eu e meus colegas não acreditávamos no que aquele louco estava fazendo, então perguntamos a ele: O que estava fazendo? E o mesmo respondeu que estava fazendo pulo mortal para melhor secar do banho que tinha tomado na bomba manual na rua principal e ainda nos disse: isso é arte, é capoeira, depois ele nos convidou para ir casa de Dona Filó vizinha de seu Manoel Leó, chegando lá eles nos mostrou instrumentos chamado o berimbau e já começou a tocar e cantar músicas que nos deixou arrepiados e admirados. Nos dias seguintes íamos aprender a gingar, a cantar e tocar e isso nos trouxe felicidades, encontrando um novo modo de brincar felizes com os amigos. O Rapaz o qual estamos falando chamava-se Araminho e estava acompanhado com mais dois companheiros, um deles chamado de Pica-Pau nomes ou apelido que a capoeira batizava. Logo nos primeiros encontros me deram um apelido WERLIN que seria Wesley pequeno. A primeira vez que fomos as dunas e praia juntos começaram a fazer movimentos loucos, como pular a duna grande de cima para baixo de costa dando mortais, mais de 40, incrível, quando chegava embaixo subia nos coqueiros e saciavam a sede com os a água dos cocos verdes que eram de graça, pois os mesmos eram nas dunas, sem dono. Apaixonei-me pela arte e em seguida convidamos muitos outros para aprender a ginga da capoeira na praia e assim começou a história da nossa capoeira em Jeri, livre e espontânea.

Amarildo ( nativo capoeirista ) logo desafiou os limites da grande duna de areia com mortais similares aos de Araminho, com a facilidade das crianças as rodas de capoeira se enchiam de novos capoeiristas e admiradores. A primeira roda de capoeira foi em cima da grande duna e outras lá aconteceram, nas ruas, nas praias e até na beira da lagoa.

A primeira geração de capoeiristas, Araminho e seus colegas, Werlin, Amarildo, Puçar, Solange, Aroldo, Zé Manoel e outros. Passaram por aqui outros mestre e professores da arte, contribuindo com seu axé. Alguns tiveram um longo tempo de trabalho, Dodi, dois meses, Dadim, alguns anos e Pipa o professor que revolucionou a história aqui na Vila, durante mais de 08 anos, hoje ele está na Europa divulgando a arte.

Obrigado a Deus e continue protegendo a vila e os moradores de Jericoacoara, apesar das dificuldades que passamos hoje com as explorações, invasões e muitos outros problemas, de saúde, saneamento básico, hospitais com profissionais qualificados, falta de bons professores e grau de ensino maior para que as pessoas não se destaquem a Jijoca em pau de arara que trará problemas de saúde, como por exemplo dores de coluna, falta de segurança na vila para impedir o trafico de drogas, certos tipos de violências e prostituição infantil, é a vontade desse grupo trabalhar e incentivar a educação aos nossos futuros e atuais moradores uma vida exemplar para qualquer cidadão. 

Estamos continuando sem dinheiro, mas temos força e determinação para seguir em frente trabalhando e educando quem quiser se juntar a nós é só procurar o nosso endereço que estaremos sempre de braços abertos para recebê-los. 

A CAPOEIRA

Aprender capoeira não é aprender a brigar, é brincar, jogar lutando e dançar. Autor: Ernani das Areias.

É aprender a história de um povo, que se expressou em movimentos físicos, pela necessidade de liberdade.Aprender capoeira é, acima de tudo, exercitar-se rumo à liberdade do corpo, da mente e do espírito

PRESERVAÇÃO DE JERICOACOARA

Queremos um mundo de paz em que todas as nações lutem e vivam em paz em uma só tribo, chamada Terra.

Respeitar e preservar a natureza. É preciso saber viver. Lute pela vida.

Nós da tribo e as crianças do mundo agradecem.

Faça a sua parte!

1. Mantenha a praia limpa.

2. Não jogue lixo nas ruas, pois seu local é na lixeira.

3. Preserve a natureza.

 

TRIBO JERI CAPOEIRA SHOW

Contrate o nosso show de capoeira, maculelê(dança do fogo) e samba de roda.

Fone: 88 9989 7154

 E-mail: tribojeri@hotmail.com

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NOSSA LINDA JERI

Situada a mais de 300km da capital cearense Fortaleza, Jericoacoara considera pela mídia como uma das dez praia mais bonitas do planeta, vem hoje enfrentando alguns problemas que pela constituição brasileira seriam básicos. Falta de saneamento básico, segurança, saúde e falta mais interesse na educação e formação de nossos jovens, pois eles são o futuro do Brasil.

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